Na avenida da minha vida, componho e compartilho a ferro e flores de todas as emoções, inquietações e explosões de uma jornada profunda, intensa e fascinante.
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Férias

Após uma longa batalha para conseguir férias esse ano, finalmente consegui!
Desde o meio do ano tentando, brigando, implorando... me livrando do mês de Agosto...
Durante 3 anos consecutivos da época que trabalhei no Mc Donald's, era obrigada a tirar férias em Agosto, por ser um mês morno, tranquilo... mas esse ano não! Lembrei-me de uma história da primeira vez que tirei férias:

Agosto de 2000, férias! Não era e acho que ainda não é o mês adequado para gozá-las, mas fazer o quê? Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Trabalhávamos juntas e minha amiga e eu resolvemos que iríamos para a praia. Vimos o lado bom da coisa, naquele período as praias do Guarujá seriam só nossas e o aluguel do apartamento sairia mais em conta.
Alguns telefonemas e alguns dias depois o apartamento estava checado. Existia e era ótimo e o proprietário era sério. Depositamos o valor exigido e fomos para a praia. Colocamos as tralhas no carro e pegamos a estrada felizes da vida. Todo mundo trabalhando e nós iríamos vadiar uma semana inteirinha.
Segundona brava e a estrada para o litoral estava livre.
Chegamos. Apartamento limpo à nossa espera, com dois quartos e camas confortáveis. Depois de perder no palito o quarto de frente para o mar (Minha amiga roubou!), ajeitamos nossas coisas e, após banho, já estávamos na rua reconhecendo o terreno, ou seja, os barzinhos. Várias cervejas e alguns petiscos, depois voltamos ao apartamento para descansar, pois o dia seguinte seria pesado com muita praia, mais cervejinhas e camarões!
Dez da manhã e o zelador do prédio seguia à nossa frente carregando duas esteiras e um guarda sol e escolheu um lugar adequado para as menininhas. Era assim que ele passou a nos chamar, menininhas! Ah, bons tempos aqueles! Espetou o guarda sol na areia, deixou as esteiras e avisou a dona da barraca próxima que as meninihas ali estavam no seu prédio. Não sei se era zelo ou se recebia algum da dona da barraca, mas de qualquer forma estávamos apresentadas e em boas mãos.
Minha amiga foi correndo estender uma das esteiras sob o guarda sol e pavonear-se para alguns garotos ali ao lado, estendidos ao sol. Desenrolou num gesto brusco e as baratas espalharam-se pela areia branca e fina. Imediatamente corri para o balcão da barraca e pedi uma cerveja, enquanto a incauta desesperada me chamava, gesticulava e ao mesmo tempo tentava pisotear as ditas.
Ignorei completamente aquela ladra de jogo de palitos, inclusive quando a dona da barraca me chamou a atenção para aquela desconhecida em apuros. Consegui ignorá-la também com o olhar perdido na imensidão do Atlântico.
Até hoje aquela ladra nos palitos me chama de traidora.
(Texto original do amigo JB Valim)

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