Na avenida da minha vida, componho e compartilho a ferro e flores de todas as emoções, inquietações e explosões de uma jornada profunda, intensa e fascinante.
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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Apesar de mim

Tenho me sentido terrivelmente triste ultimamente. Um lado escuro insiste em me acompanhar. Uma tristeza, um medo, uma solidão, uma incerteza sem fim...Uma dor persistente que teima em permanecer, dia e noite. Eu acho que já falei de vazio por aqui. Parece estranho sentir isso, um gigante vazio que me derrete, e ao mesmo tempo sinto-me repleta de coisas, tão cheia que não cabe mais nada dentro, não dá para respirar. Não sei explicar, é contraditório. E uma canseira primitiva que toma meu corpo, parece que vai durar uma eternidade. E parece que não tenho mais forças, parece que já não quero lutar. Que já não há forma de dar nem mais um passo. Às vezes eu me esqueço de como viver. A vida se coloca tão dolorosa, difícil, que sinto que vou desmoronar a qualquer momento. Como uma árvore cortada na raiz, uma coisa inerte, largada. Como um monte de papéis rasgados, espalhados pelo vento, sem consolo e nem esperança. E diante de tudo, ainda estou aqui. Sempre encontrando uma maneira de resistir, de não desistir, de permanecer. De resistir a mais uma tormenta, e se reerguer sobre o próprio corpo, mais uma vez. E me pergunto porquê? Que coisa é essa que ainda me move que me pede para levantar novamente para ganhar essa batalha? Não sei ao certo. Talvez exista uma vontade de  que as coisas sejam diferentes que me faça continuar. E talvez por isso eu siga em frente, porque a vida não se entrega, não some, não desiste. Apesar de tudo, todos e apesar de mim.