Na avenida da minha vida, componho e compartilho a ferro e flores de todas as emoções, inquietações e explosões de uma jornada profunda, intensa e fascinante.
Seja Bem vindo!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Dentro do peito

Existe uma pena na palma da minha mão...
Um sorriso entranhado entre dentes trincados dentro dos meus lábios fechados.
Existe um olhar lacrimado, lacrado dentro dos meus olhos-sorrisos...
E uma rocha chamada coração, que meu sangue agitado mais agita e grita.
Existe um desejo mordaz que me destrói por dentro, me corrói voraz.
Existe uma dor entrecortada por soluços meus que não estou suportando mais...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Promessa

Como pode uma pessoa em sã consciência fazer uma promessa?

Principalmente quando o pedido é algo profissional e o pagamento da promessa é algo pessoal?
Não sei... mas quando bebo não faço esse tipo de loucura, normalmente faço coisas inacreditáveis quando estou sóbria.
Deveria existir um modo de sermos o que somos quando estamos de fogo... deveria existir um modo de nos sentirmos sempre daquele jeito...
Agora não sei o que fazer com essa promessa... mas me parece que o desejo irá se realizar...

Terei que cumprir...

A Alegria na tristeza

O título desse texto na verdade não é meu, e sim de um poema do uruguaio Mario Benedetti. No original, chama-se "Alegría de la tristeza" e está no livro "La vida ese paréntesis" que, até onde sei, permanece inédito no Brasil.

O poema diz que a gente pode entristecer-se por vários motivos ou por nenhum motivo aparente, a tristeza pode ser por nós mesmos ou pelas dores do mundo, pode advir de uma palavra ou de um gesto, mas que ela sempre aparece e devemos nos aprontar para recebê-la, porque existe uma alegria inesperada na tristeza, que vem do fato de ainda conseguirmos senti-la.
Pode parecer confuso mas é um alento. Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir. Além disso, as pessoas estão sem dinheiro. Quem tem emprego, segura. Quem não tem, procura. Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado. E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música. Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.
Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.
Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Fazer é muito barulhento.
Sentir é um retiro, fazer é uma festa. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado. Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições. Até parece que sentir não serve para subir na vida.
Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada.
Martha Medeiros

Ela é demais!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

É Ouro pra mim

"De repente o que era já não era mais, mudou tudo no amor, outra cara, outra forma de ver e sentir...
O que antes eu não entendia, agora é ouro pra mim"

Música linda...
http://www.youtube.com/watch?v=wxdWuj_g54U

Nunca passa

O que posso ainda me lembrar claramente é da minha ansiedade.

Lembro-me disso como se fosse uma velha casa na qual sempre vivi.
Posso me recordar de todos os recantos e rachas.
Morei dentro de um edificio de ansiedade por tanto tempo que isso tornou-se uma permanente lembrança que não me abandonará nunca.
Faria qualquer coisa para evitar que isso me acontecesse outra vez.

domingo, 18 de outubro de 2009

Troca

Faz dias que não escrevo, de repente as palavras sumiram e eu fiquei sem saber por onde procurá-las.
Talvez tenha sido esse turbilhão de sentimentos que as tenha afastado ou, simplesmente, puro desencontro da razão e a emoção.
E apesar de estarem em mim, ainda me faltam...

Ainda estou em busca da troca do meu coração por um fígado, queria me apaixonar menos e beber mais, mas como conseguir trocar algo que só está em mim, mas não me pertence mais?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Eu não paro

Quando eu vou parar e olhar pra mim
Ficar de fora e olhar por dentro
Se eu não consigo organizar minhas idéias
Se eu não posso seu eu esqueço de mim?
Eu pensei que fosse forte mas eu não sou
Quando eu vou parar pra ser feliz que hora se não dá tempo
Se eu não me encontro nos lugares onde eu ando nem me conheço
Viro o avesso de mim? se eu não sei o que é sonhar
faz tanto tempo tanto mar e o meu lugar e aqui?
Uma rua atravessada em meu caminho nos meus olhos
Mil faróis preciso aprender a andar sozinha
Pra ouvir a minha própria voz quem sabe assim
Eu paro pra pensar em mim, quem sabe assim
Eu paro pra pensar em mim.

Ana Carolina
 
Tudo tão confuso por esses dias...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Procuro um amor

Como diz Bruna Lombardi: " Eu com essa mania de querer o impossivel".
As coisas que desejo hoje me parecem meio que impossiveis, talvez por essa mania de beber o incabível.
Queria alguém... não só para amar, porquê já amo alguém... Queria alguém que também tivesse um coração... Que soubesse ouvir e calar...
Que gostasse de Elis Regina, Osvaldo Montenegro, Ana Carolina e também daquelas músicas bem bregas que eu também gosto muito.
Que gostasse de Karaokê e de me ouvir, pois gosto que ouçam do mesmo modo que gosto de ouvir as pessoas cantando.
Não precisava ter pureza nem impureza, apenas sem vulgaridade.
Queria que tratasse bem todas as pessoas, independente de qualquer tipo de classificação, sempre buscando experiência na vivência das mesmas.
Queria que gostasse de crianças e que lastimasse as que não puderam nascer...
Talvez que gostasse de chuva após um dia intenso de calor, pois gosto muito, embora essa cidade não permita essa chuva intensa.
Ah! Beber e fumar seria fundamental, embora muito pouco saudável e recomendável.
Que mesmo que eu saiba, me sinalizasse que vale a pena viver...
Além de todas essas coisas, queria me sentir feliz no quesito amor e parar de viver debruçada no passado em busca de memórias perdidas.
Queria que me chamasse de amor sorrindo ou chorando para que eu tivesse a consciência de que ainda é possivel, porquê nem sei mais se é.

Meu querido Vô

Aqui na avenida da minha vida chove...
Cada gota é como se fosse uma lágrima minha.
Meu querido Vô não está bem de saúde nesse momento, mas perfeitamente bem de espirito, de experiência da alma e lindo de caráter.
A personalidade ainda é forte e alma extremamente densa, nobre de coração;
Ele me ensinou a honrar um sobrenome que nunca fiz muita questão, mas hoje amo em sua homenagem, tenho orgulho... Ele é o elo forte daquele lado do mundo... Ele é meu avô querido...
Tantas histórias, tantos contos, tantas passagens...
As viagens são muitas nesse contexto de vida...
Ele sabe que sou fã incondicional dessa trajetória ímpar que traçou e espero que ainda consiga compartilhar comigo todas as mais diversas experiências que estão por vir... as hortas, flores, o amor singular a minha Vó e também a superação das frustações que ainda o atormentam.
Quero ele assim, limpo até o final, dando-me conselhos únicos como num ritual... E puro, nessa majestosa beleza que a vida nos traz dia após dia.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Sentimentos

Te deixo e morro mil vezes...

E sem querer um porquê em nossas vidas
Juntos ressuscitamos a aventura de amar
Mas a cura é apenas um momento
A cicatriz leva tempo
Somos diferentes pela musica que toca, pelo tempo...
Relógio sem ponteiro...
Seduzida pela morte
Tão bela envolvente
Dói a ânsia de amar
O amor é um estupro
Um susto incessante
Tal como o beija flor se desgasta
E nunca basta no doce que não se acaba
A embriaguez é dom de poucos sobreviventes
Afortunada é tua língua
Prometendo teu corpo
Doce louco desejo
Deixe cair sobre nós esse sonho
Doce louco encanto

Nosso limite ficou...
As portas já foram feitas
Somos parceiros de um jogo interminável
O sinal esta fechada pra nós, mas a multidão passa...
Você disse “Eu te amo”
Eu pensei em tantas coisas, até em partir...
Meu bem você disse “Eu te amo”
Como se provasse um fruto especial e ainda me beijou...
Como poderia partir, jamais...
Era teu sorriso que queria
Era tudo...
E não planos domésticos para o final do milênio.
(28/09/2007)