Na avenida da minha vida, componho e compartilho a ferro e flores de todas as emoções, inquietações e explosões de uma jornada profunda, intensa e fascinante.
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segunda-feira, 10 de maio de 2010

30 anos

Ontém foi meu aniversário.

Consegui viver 30 anos.
Dias pares e dias ímpares, dias solteira, dias casada e dias amando.
Foram 30 anos marcados num calendário que só tem o hoje.
Mas foram 10.950 hojes.
Tem gente que não gosta de aniversários. Não atende nem o telefone. Outros fingem esquecer o próprio aniversário.
Não lembrar é esquecer que nasceu.
Eu prefiro lembrar.
Pode parecer piegas, mas eu curto os meus aniversários.
Gosto de receber os parabéns, adoro os abraços, os beijos, os e-mails, os telefonemas, as mensagens...
É todo mundo sabendo que ainda estou por aí e por aqui.

Ontem foi meu aniversário.

A festa foi surpresa e foi mágica.
Senti o cheiro da infância voltando e deixei o meu coração seguir o ritmo feliz de um coral improvisado dentro de mim, cantando o parabéns pra você.
E voltei pra casa dormindo em paz.
Por isso gosto de comemorar meus aniversários, eles me garantem as realizações do meu ainda.
Vou abrindo os meus dias do novo ano que começo a viver.
Manhãs embrulhadas em cores e laços que devo desatar logo que me levanto.
Cheirinho bom de novo, da chance de sempre recomeçar, de não cometer os mesmos erros.

Ontém foi meu aniversário.

Cada dia do novo ano da minha nova idade é perdão e oportunidade que a vida me oferece, é confiança que ela me deposita: Vai, Mayra, você tem mais uma chance de ser melhor.
E lá vou eu, consertando, atrapalhando, consertando outra vez...
E lá venho eu, arrumando, bagunçando, arrumando outra vez...
Pêndulo de carne, osso, sangue e alguma coisa além do farelo que fica no túmulo.
Sou eu nascendo, morrendo e renascendo.

Ontém foi meu aniversário.

Não conto os dias, pois detesto matemáticas irredutíveis.
Procuro vivê-los como criança quando vê mágica.
Acho que é isso o que me faz tirar coelhos de cartolas vazias.

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