Na avenida da minha vida, componho e compartilho a ferro e flores de todas as emoções, inquietações e explosões de uma jornada profunda, intensa e fascinante.
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Carroça vazia

Hoje me lembrei "da aurora da minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais"...

Me lembrei quando Dezembro para mim nada mais era do que mês de férias, passava com meu Pai no Mato grosso, era tão bom, andar à cavalo, pescar, admirar a natureza... pois é, agente cresce e não dá pra mudar isso... Nessa lembrança me envolvi em outra quando andando por aqueles matos ele se calou e depois de um leve silêncio me perguntou se além do canto dos pássaros eu conseguia ouvir mais alguma coisa.
Fiquei em silêncio alguns segundos e respondi que ouvia o barulho de uma carroça.
Meu Pai com sabedoria ímpar, me explicou que aquela carroça que escutavámos vinha vazia. Fiquei intrigada com esse mistério, como poderia ele saber que a carroça vinha vazia se não conseguiamos vê-la?
Nesse momento ele me explicou que era simples a resposta, pois uma carroça quanto mais vazia mais barulho ela faz.
Tornei-me adulta, e até hoje, principalmente no dia de hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando os outros com grosseria inoportuna, prepotência, interronpendo conversas, querendo demonstrar-se dono da situação e senhor da verdade absoluta, tenho a nítida sensação de ouvir meu Pai dizendo: - Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz!

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