Na avenida da minha vida, componho e compartilho a ferro e flores de todas as emoções, inquietações e explosões de uma jornada profunda, intensa e fascinante.
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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Maturidade

A maturidade tem me ensinado coisas boas e belas. Espero que daqui para frente, me ensine ainda mais, e me encontre mais receptiva.
Eu reaprendi algo da infância que tinha esquecido por conta de tanto trabalho. Eu gostava de ficar sozinha, quieta e totalmente feliz olhando figuras de um livro, escutando o vento e a chuva ou as vozes da casa.
É estranho como passamos a temer a solidão quando adultos, talvez porque a sentimos como isolamento, esse que também ocorre numa casa cheia de gente. Parece que vamos perdendo a capacidade de sermos integrados com o universo, mesmo o minúsculo universo de um pedaço de jardim ou o quarto de uma criança. E as vezes nos privamos do necessário recolhimento que muitas vezes nos abastece com o combustivel da reflexão, do silêncio e do sentimento mais natural das coisas.
Nesta minha casa de agora, sentimentos essenciais me povoam. Não há isolamento. Amigos de todas as idades aparecem por aqui. Alguns para assuntos do dia a dia e alegres. Outros por aflições severas com as quais não saberia lidar quando mais jovem. Na maior parte das vezes não sei o que dizer: nenhuma sugestão, nenhuma idéia brilhante. Mas talvez sintam que eu observo, escuto...
Pouco me espanta.
Quase nada me choca.
Tudo me toca, me assombra e me comove: o mais cotidiano, e o mais inusitado. Tudo forma o cenário e caminho. Que a maturidade me fez amar com menos aflição, e quem sabe menos frivolidade - mas não menos alegria.

4 comentários:

  1. Lindo, Má!! Muito mesmo.

    Adorei.

    Um beijão

    Carla

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  2. Carla,
    Com todo seu talento e textos brilhantes, é uma honra recebê-la por aqui.
    Volte mais vezes.

    Um beijo

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  3. Gostei muito deste "post" e me identifico muito com ele. Às vezes a solidão não é uma escolha. É-nos imputada, muitas vezes como a única porta, a última saída, mas a solidão não é fria nem escura como muitas vezes a pintamos. É também um lugar de paz e auto-conhecimento. Me considero um lobo solitário e o assumo. Porque não tenho medo...

    Um beijo. E obrigado pela visita.

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  4. Obrigada pela visita.
    Eu também acredito muito nesse lugar de paz e auto-conhecimento. Também vivo só, mas é apenas um estado físico, pois sou repleta de sentimentos, desejos, somhos, é isso que move minha vida, rumo a tudo o que espero dela.
    Apareça sempre que quiser.
    Um beijo,

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