Na avenida da minha vida, componho e compartilho a ferro e flores de todas as emoções, inquietações e explosões de uma jornada profunda, intensa e fascinante.
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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Embriagada

Tentarei usar essa folha branca enquanto me embriago. Ao som de uma canção que nunca ouvi, porém já gosto. E se eu conseguisse não estar aqui agora. Eu gostaria mesmo de estar aqui.
Se há momentos da vida de alguém em que o mais importante é estar fazendo o que realmente se está fazendo, acabo de ser assim, agora.
Não trocaria esse minuto por um abraço, por um sorriso familiar ou por uma bela angustia olhando uma arte qualquer. Estou exatamente onde gostaria de estar.
Meu cérebro está assim: procura entre o passado e o futuro definições boas para um belo texto, procura uma canção inspiradora, procura o sabor de um beijo.
Não há nada melhor que esta busca. Em se perder em longos goles de álcool, em longas baforadas de cigarro. Eu, que já me perdi em coisas mais perigosas, troco esses segundos por alguma vez que te vi e fui feliz. Quantas vezes!
Daquela vez que lhe vi em outro lugar, apenas você. Mesmo longe, sempre te vejo como se fosse minha obrigação estar ao seu lado, lhe dar toda minha companhia, todos os meus sorrisos e até meu silencio, mesmo sozinha. Assim sou. Suas mãos, seus braços, seu olhar perdido. Você sabe e entende. Fico perdida em suas frases inteligentes.
E depois dos poemas e crônicas que li e ouvi na noite de ontem, mais uma vez volto ao mesmo ponto. Ao mesmo segundo que lhe vi em todas as primeiras vezes. Assim me sinto, a sua primeira vez sem nunca ter sido. Sou parte tua, sou a encruzilhada, a foice, um suspiro.
Espero não ser a última, me deixa ser seu meio, me deixa ser os segundos das suas decisões. Não quero ser o seu sim, não quero ser seu não, quero ser tua dúvida, do início ao fim. Assim te acompanharei, mesmo que não me perceba, estou aqui, onde quero estar.

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