Na avenida da minha vida, componho e compartilho a ferro e flores de todas as emoções, inquietações e explosões de uma jornada profunda, intensa e fascinante.
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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Chega

Existem momentos em que fico farta de algumas companhias ... quero estar a sós comigo mesma. Pessoas insistentes e que não sabem o que é uma amizade me enjoam, principalmente quando tudo é igual, repetitivo, e elas voltam com as mesmas carências e dores cobrando de você carências que te faltam. Não entenderam ainda que essa carência que nunca deu é a que nunca teve pra dar...
Nesses momentos minhas faltas me bastam e não dá pra destapar meus buracos pra preencher os alheios. Não posso oferecer mais do que amizade se é só isso que tenho pra dar...
Não sei não, mas acho que vai chegar o dia que não terei mais nem isso pra oferecer... Estou farta de tentar em vão.
Não quero mais provocações nem julgamentos, eu sou o quero ser, e serei o quiser pra sempre. E retruco sim a todas as provocações e afrontas que me colocam a frente do caminho...
Sim, eu quero o incerto, o incorreto, o imprevisto... Sim, eu quero a precisão do destino que desprotege, que desabriga mas que não me impede de experimentar.
Sim, eu quero a mesma precisão do destino que condena, que pune, que fere, mas que me deixa livre pra errar, amar, fazer o que quiser, pois quando me machuco sempre é por mim mesma e sempre é sozinha... Sangro até a ultima gota, faço exposição da minha carne viva, choro e estremeço. Mas nunca digo que foi o destino que me fez isso ou aquilo, e sim minhas escolhas... sempre elas...
Eu sinto a vida em mim, sinto tudo estremecer e ferver, sinto ardência em cada parte do meu corpo e me queimo muitas vezes... Mas não fico de jeito nenhum vendo a vida passar como se eu não tivesse nenhum controle sobre ela, como dizia Raulzito: "Sentado num trono de um apartamento com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar"

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