Na avenida da minha vida, componho e compartilho a ferro e flores de todas as emoções, inquietações e explosões de uma jornada profunda, intensa e fascinante.
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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Menina de Ouro

Hoje pela manhã, assisti o filme “Menina de Ouro”, dirigido por Clint Eastwood... Estava no rodízio pessoal, não me critiquem...
Pode parecer estranho que o homem que já foi um dos cowboys mais celebrados do cinema consiga atingir tão alto grau de sensibilidade ao dirigir um filme como esse.
O filme conta a história de Maggie (Hilary Swank), uma garçonete de 31 anos de idade oprimida pelas derrotas da vida e por uma família completamente repulsiva. É no boxe que ela encontra a luz no fim do túnel, uma porta que poderia tirá-la daquela vida cinzenta e sem perspectivas.
O problema é que Frankie (Clint Eastwood), um treinador de boxe proprietário de um ginásio decadente, não está disposto a treiná-la.
Com certo empurrãozinho de Scrap (o genial Morgan Freeman), Frankie percebe que a menina tem potencial e começa a investir em sua carreira. Enfim, é um filme muito triste, sensível, mas ligeiramente otimista.
Mas o que mais me marcou nesse filme, foi à família de Maggie, a mãe totalmente preconceituosa e materialista, a irmã com um filho pequeno casada com um bandido que ainda estava na cadeia... Mas que para a mãe era a melhor filha do mundo pois a tinha sob o seu comando e além disso tinha lhe dado um neto. Enfim...
O primeiro dinheiro que Maggie conquistou, ela comprou uma casa para a família dela, foi até lá com tanta emoção para fazer a surpresa... A mãe ficou perplexa, dizendo que onde já se viu ela comprar aquela casa, que se o governo descobrisse tiraria a aposentadoria dela, e ai como ela viveria? Ela se justificou dizendo que poderia lhe mandar mais dinheiro, mas a mãe a desprezou...
O desolamento dessa cena para mim foi impressionante, fiquei tão triste. A mãe nunca aceitou a opção de vida da filha, só pensava nela mesma e em como o seu bem estar ou suas tristezas eram mais importantes do que tudo e como tinha vontade de ser como a filha, batalhadora, corajosa, desapegada as coisas materiais... Coisas que ela precisaria nascer de novo para ser...
O desprendimento de Maggie, ao se lançar numa carreira agressiva e perigosa, é uma lição de vida para aqueles que pensam que as oportunidades caem do céu.
É um filme que nos leva a conclusão de que são nas pequenas vitórias diárias que a existência adquire sentido.

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